A realização de Estudos Viários e de Circulação é fundamental para entender o impacto de novos empreendimentos, alterações na infraestrutura urbana ou mudanças no uso do solo na mobilidade e no tráfego de uma determinada área.
A importância desses estudos é vital para o bom funcionamento da dinâmica urbana, uma vez que o estudo analítico de circulação do sistema viário e de pontos nodais críticos, visa propor, quando possível, alteração de sentido das vias, sempre priorizando os modos ativos de transportes (a pé e bicicleta).
O objetivo tem como fundamento ações de engenharia para desafogar o trânsito de algumas vias, criando novas opções de rotas mais diretas e atreladas ao esquema de sinalização viária horizontal e vertical coerente, com o intuito de deixar mais claro e seguro, tanto os trajetos dos habitantes quanto dos motoristas.
Além disso, é necessário um bom entendimento dos polos geradores de viagens na dinâmica local, caso apresentem alguns gargalos próximos, bem como leitura da circulação local, movimentos de retorno e loops de quadras para melhor distribuir o tráfego gerado sem causar impactos negativos.
São necessários vários levantamentos envolvidos no processo, partindo da definição do escopo do estudo. Nesta etapa envolve a definição clara dos objetivos do estudo, incluindo o propósito do estudo viário, as questões a serem abordadas e os limites geográficos e temporais do estudo.
A seguir são listadas algumas etapas que fazem parte do processo:
Levantamento de dados: Nesta fase, são coletados dados relevantes para o estudo, incluindo dados sobre a infraestrutura viária existente (ruas, estradas, rodovias), padrões de tráfego, fluxos de veículos, dados demográficos e censitários, entre outros.
Análise da demanda de tráfego: Utilizando os dados coletados, é feita uma análise da demanda de tráfego na área de estudo, incluindo padrões de viagem, origens e destinos dos deslocamentos, volumes de tráfego em diferentes horários, entre outros.
Modelagem de tráfego: Com base na análise da demanda de tráfego, são utilizados modelos de tráfego para simular o comportamento do sistema viário em diferentes cenários. Isso permite avaliar o impacto de diferentes intervenções na circulação de veículos, como a adição de novas vias, alterações de sentido de tráfego, implantação de semáforos, entre outros.
Avaliação dos impactos viários: Com base na modelagem de tráfego, são avaliados os impactos das mudanças propostas na infraestrutura viária e no tráfego local. Isso inclui a análise de congestionamentos, tempos de viagem, níveis de serviço das vias, segurança viária, entre outros.
Proposição de medidas de mitigação e ou compensação: Com base na avaliação dos impactos viários, são propostas medidas para mitigar os impactos negativos identificados. Isso pode incluir a implementação de melhorias na infraestrutura viária, ajustes nos padrões de tráfego, incentivo ao uso de transporte público ou modos de transporte alternativos, entre outras medidas.
Elaboração do relatório final: Todas as informações coletadas, análises realizadas e medidas propostas são compiladas em um relatório final. Este relatório deve conter uma descrição detalhada do estudo viário, dos métodos utilizados, dos resultados obtidos e das recomendações para a gestão do tráfego na área de estudo.
Aprovação e implementação: Após a conclusão do relatório final e a revisão, o estudo viário deve ser submetido às autoridades competentes para aprovação. Uma vez aprovado, as medidas propostas devem ser implementadas de acordo com um plano de ação específico.
Essas etapas são essenciais para garantir que as intervenções na infraestrutura viária sejam planejadas e implementadas de forma a minimizar os impactos negativos no tráfego e na mobilidade urbana.